Contradições
Ela sonhava.
Ele vivia.
Ela caminhava entre a fragilidade multicolorida das flores.
Ele entre prédios frios e desumanos, por maquinas rudes e barulhentas.
Ela via no Sol a alegria, luz e vida, que tornavam seus dias repletos de paz e esperança.
Para ele, era apenas uma fonte de calor.
As noites dela eram compartilhadas com as estrelas, iluminadas pela lua prateada, que fazia o coração encher-se de amor e sonhos.
Ele não se procurava a lua, nem via as estrelas; a noite para ele era apenas um refugio, onde a bebida embriagava a alma.
Ela esperava, que alguém viesse pelo caminho brilhante da fina areia da praia, buscá-la para juntos unirem suas vidas e seus anseios, numa casinha construída de flores, coberta pela estrelas, onde viveriam de amor.
Ele procurava em cada esquina fria que cruzava alguém que sonhasse com a lua e vivesse de paz, para juntos irem se esconder no mundo desumano, numa cabana perto do mar.
Ela vivia.
Ele sonhava.